Na história do anime, um dia um meteorito negro caiu no mundo, e o mundo mudou completamente. O meteorito produziu monstros grotescos chamados D2, que começaram a correr desenfreadamente. O D2 rapidamente baniu todas as músicas, que era a única coisa capaz de superá-los. Mas houve algumas pessoas que resistiram ao D2. São jovens que detêm o poder da música, a "Musicart". Essas jovens possuem "pontuações" que são capazes de derrotar os monstros. E também tem gente que comanda essas mulheres, o Maestro. O anime se passa na América no ano de 2047, que está em ruínas graças ao D2. Takt, um Maestro, é parceiro de um Musicart chamado Unmei. Takt deseja que a música volte ao mundo, e Unmei deseja destruir o D2. O objetivo é viajar para Nova York.
Começa dia 6 de outubro de 2021
toda terça-feira as 13:00 (BRT)
Muito Bom o Anime Gostei….
A minha
Vamo ver se vale a pena
Takt Op. Destiny pode se resumir a “Um macro interessante, e um micro não tão bem desenvolvido”
Não importa qual a origem
Antes de nos aprofundar nessa resenha, gostaria de deixar uma coisa clara, NÃO IMPORTA A ORIGEM DE UMA OBRA. Vi muitas análises, principalmente no MyAnimeList, onde a maior crítica se baseia no fato do anime ser baseado em um jogo mobile, um gacha no caso, sabendo disso eu te pergunto: No que isso interfere na qualidade de um anime? Se o anime fosse baseado em uma novel ou um mangá, faria alguma diferença? Pessoas que encaram a obra como um “lixo” somente por ser baseado em um gacha, é totalmente desprovida de um senso crítico, e se autointitula “crítico de animes” ou algo do tipo, desculpe te dizer isso, mas você somente é uma pessoa patética.
O incrível mundo da música
Na minha opinião, o maior ponto positivo dessa obra é a construção e apresentação de seu universo, que ao longo do anime, vai se mostrando ser um mundo muito vasto, com uma lore muito interessante, principalmente quando falamos das Musicarts. Uma das coisas que mais me intriga nesse universo é o que de fato são as Musicarts? pelo que entendi, eles são seres que nascem da música, e utilizaram corpos hospedeiros para que possam cumprir um proposito, que é extinguir os D2s, que são criaturas que assolam esse mundo “pós apocalíptico”, mas existem diversas pontas soltas sobre o que são realmente esses seres, se eles nasceram dos cristais que caíram na terra anos atrás, ou se eles simplesmente são uma energia que se apossam dos corpos dos seres humanos, e perceba como esse mistério é aplicado de maneira sutil, em nenhum momento o autor coloca um diálogo expositivo ou uma cena auto explicativa para mostrar a origem desses seres, pois isso não é de fato relevante para a história principal, e principalmente para o desenvolvimento do arco narrativo do Takt. Então o autor tomou a decisão certa, pois tudo se trata de “objetivo”, tudo se resume ao qual o objetivo que o autor quer chegar com sua história, e com isso em mente, fica fácil retirar o que não é relevante para a alcançar esse objetivo, e isso é extremamente raro nessa indústria de animes, onde tudo, absolutamente tudo precisa ser extensivamente explicado, e em algumas vezes mostrando em tela no formato de um diálogo expositivo. **coff coff Naturo coff coff**
Outro mistério que o autor nos apresenta é como ocorreu realmente o “fim desse mundo”, se foi com a chegada dos cristais, ou com os seres que se originaram dele? Em certo ponto, a forma com qual o autor decidiu nos apresentar a origem dessa história, me lembra muito o que o mestre Miyazaki faz com seus jogos, como Dark Souls por exemplo, nos mostrando como tudo se deu, e o cerne daquele universo, e o restante fica a nosso cargo “investigar”, pensar sobre como se deu tais fatos, e novamente, esse tipo de narrativa é muito incomum nos animes e mangás, e só por isso, o diretor de Takt Op. Destiny já merece nosso respeito.
Takt é irritante, mas bem desenvolvido.
É muito importante saber diferenciar um personagem que não nos agrada, devido a sua personalidade ou por seus atos, de um personagem mal escrito ou mal desenvolvido, e aqui temos um claro exemplo disso. Takt é um personagem irritante, sua personalidade e forma de agir é extremamente negativa, o que me lembra muito um adolescente, que sempre acha que tudo está ruim e nunca está contente com nada, e devo admitir que odeio adolescentes, então é obvio que foi difícil simpatizar com um personagem que pensa e age como um adolescente, mas isso não tira o fato de que Takt é um personagem bem desenvolvido.
O arco de personagem de Takt é algo muito bem feito, nos mostrando toda a sua evolução, desde sua infância, sendo obrigado a passar por um trauma bem forte, que o fez se apegar muito a música, pois era a música que o confortava e o consolava pela morte de seu pai, até a sua evolução como um condutor, que são as pessoas que “controlam” uma Musicart para lutar contra os D2s, então aqui temos tudo o que precisamos para entender sua motivações, e isso torna ele um personagem multifacetado, um personagem real, que tem sentimentos, possui objetivos, tristezas, e é isso que torna Takt um bom personagem, não um personagem relacionável, pelo menos para mim, mas o torna um personagem objetivamente bom.
Outra personagem que também foi muito bem trabalhada foi a Destiny, pois conseguimos acompanhar toda a sua história, desde seu nascimento como uma Musicart, sendo uma pessoa “fria” e sem sentimentos, para aos poucos aprender como os humanos pensam, como se sentem, até alcançar o ápice do sentimento humano, que é quando descobre que ama o Takt. Acho que o único erro da obra foi o desenvolvimento da relação entre a Destiny e o Takt, mas irei falar melhor sobre isso ao longo dessa resenha. Os demais personagens dessa história são só utilitarista, pois suas ações são motivada somente pelo “bem coletivo”, como é o caso da Anna ou do Lenny, eu não consigo os enxergar como seres humanos, com desejos, anseios, pois todas as ações feitas por eles, visam somente esse objetivo maior, e não desviam em nada desse objetivo, coisa que é naturalmente impossível (ou quase), por isso que até me espantei quando a Anna beija o Takt, pois em nenhum momento esse sentimento se demonstrou minimamente crível no desenvolvimento daquela personagem, então podemos dizer que todos os personagens dessa história não são humanamente críveis, com exceção do Takt e da Destiny, que nem humana é.
Romance não foi o ponto alto aqui
A relação entre Takt e Destiny me pareceu muito estranha no geral, pois nunca fica claro o que um realmente sente pelo outro, sabe? Não que o autor precisasse mostrar isso de maneira clara com alguma cena ou algo do tipo, mas nem nas entrelinhas eu consegui perceber os sentimentos de afeto amoroso que um sentia pelo outro, o que torna o final do anime um pouco decepcionante em certo ponto, pois sempre pensei “é claro que no final eles provavelmente vão ficar juntos, vai rolar um beijo ou algo do tipo” e realmente é o que acontece, porém o caminho até chegar a essa cena foi mal escrito realmente, não fica claro e nem subjetivo os sentimentos de Desnity quanto a Takt, até então nos parece apenas uma relação de um condutor com sua Musicart, o que torna tudo ainda mais estranho, pois durante muito tempo, o Takt ainda vê a Destiny como Cosette, e de forma bem repentina ele começa a trata-la como Destiny, mas eu não sei se eu dormi durante algum episódio, pois eu não vi essa trajetória entre o ponto A e o ponto B, então realmente toda essa relação amorosa deles dois não foi muito bem desenvolvida.
O subtexto em Takt Op. Destiny
Falando brevemente sobre o subtexto dessa obra, a meu ver, ficou relativamente explicito a mensagem que o autor quis passar com o “Macro” de sua história, sobre os malefícios o “bem” subjetivo pode trazer, isso fica claro com o plano do Sagan, onde ele pretendia tentar matar todos os D2s, sacrificando milhares de vidas em troca, até porque, o fim justifica os meios, não? Bom, pelo menos na visão do autor, a reposta é não. É clara a crítica feito aqui a ideologias totalitárias, que visão o bem coletivo, o que é totalmente o contrário do utilitarismo que é pregado pelos personagens secundários dessa obra. Essa discussão é relativamente interessante, mostrar como uma pessoa, pode cometer atos atrozes em prol do bem comum, mas até que ponto o “bom” pode ser considerado realmente “bom”?
Madhouse & MAPPA = casamento perfeito
Tecnicamente falando esse anime é muito bom quando precisa ser, todas as cenas de ação (que são relativamente poucas) são muito bem animadas, e não só bem animadas, como também bem dirigidas, toda a condução das cenas de ação do anime, os enquadramentos, as técnicas utilizadas como o câmera shake, tornam essas passagens muito intensas e prazerosas de se ver, ainda mais em conjunto com a trilha sonora desse anime. Incrível, é incrível como eles conseguiram aplicar uma trilha sonora composta basicamente por música clássica casar-se tão bem com a estética da obra, e claro, a trilha sonora faz ai uma brincadeira metalinguística com o enredo da obra, pois a história de vida do Takt é envolto da música clássica, o que torna a trilha sonora dessa obra ainda mais impressionante.
E essas passagens de música clássica não fica somente preso as cenas de ação, pois ela também se mostra presente em diálogos mais ocasionais, ou então para nos ajudar o sentir o que o autor que nos passar, como a cena do Takt conversando com o Lenny na varanda. Então essas trilhas compostas por violinos, pianos, violão celo são muito bem-feitas e bem aplicadas nessa obra, o que a faz ganhar alguns pontos comigo.
Uma boa obra, envolta de críticas infundadas.
Resumindo, Takt Op. Destiny nos apresenta diversas qualidades, como a construção e o desenvolvimento de seus personagens principais, bem como a apresentação da lore do universo, usando a técnica do “find for yourself”, assim deixando vários aspectos em aberto, técnica narrativa essa que é muito bem-vista por mim. Porém a obra peca em outros pontos, como por exemplo o desenvolvimento do principal antagonista do anime, onde apesar de o anime ter apresentado brevemente suas motivações, eu as considerei extremamente mal explicadas e desenvolvidas, o que não me fez simpatizar com o personagem, narrativamente falado claro. Por essa e outras, acredito que sim, essa obra é sim uma boa obra que vale a pena ser vista, existem diversas críticas que podemos fazer a ela, mas quem fala que ela é objetivamente ruim, apenas pelo fato de seu material base ser um gacha, simplesmente é um imbecil.
Vai arrumar o que fazer carniça
O anime é bom mais o final é ruim meu caro 😇🔫-😈🔥😜 K-K-K-K